Durante todo o ano, mulheres solteiras rezam ao wardjan Vesak por um filho e são atendidas. Não demorou para que ele ganhasse a fama de um ser poderoso da fertilidade e protetor das mulheres grávidas. Vesak nos primeiros dias do ano transforma animais em homens, e desses nascem os momantos, pequenas crianças com características animalescas.
Recentemente uma dúvida brotou nos meios científicos de Senna: Por qual motivo os Momantos não são considerados uma raça distinta dos humanos tal qual elfos, anões, hórus, sjakais, dentre outras?
A resposta está na característica. A ciência de Senna – composta por virginianos e aquarianos – acredita que para uma criatura ser classificada como “nova raça”, deve possuir pensamento próprio, ter o dom da comunicação através de palavras e saber viver em comunidade. É possível observar então muitos centauros, minotauros, Pans, dentre outras criaturas mágicas, que apesar do pensamento individual e do dom da palavra, não conseguem viver em comunidade e perambulam pelas florestas de Senna.
Os Momantos por sua vez, preenchem todos os requisitos, mas falham em apenas um não dito. Essas criaturinhas, abençoadas por Vesak, possuem 80% de características humanas e com isso, continuam sendo... Humanos.
Sofrem muito com o preconceito, já que carregam chifres, penas, cascos nos pés, tão qual a força ou a rapidez do animal que foi escolhido pela mãe. Talvez então, todo esse preconceito venha dessas qualidades, são humanos com características melhores. Um momanto pode percorrer com os olhos grande distância, carregar blocos de 100 quilos, ou chegar a uma velocidade de pouco mais 50 quilômetros por hora.
O homem sempre teve medo do mais forte, e geralmente isso é demonstrado com desdém.
Todos esses sentimentos ruins fizeram inclusive que as oferendas a Vesak diminuíssem, e o wardjan hoje em dia está mais relacionado à proteção dos animais. O número desses humanos com características animalescas tem caído drasticamente em igual.
Essas criaturinhas mantêm as feições de uma criança – ao menos a grande maioria - até o fim de sua vida e para os que superam o medo, conseguem em troca uma grande amizade, provando assim, que tratá-los como humanos é mais justo do que a muitos homens em Senna.
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