sábado, 27 de agosto de 2011

A Árvore da Vida.


Algumas histórias contam que a Mandala foi enterrada em solo sagrado e virou uma árvore. Hoje ela estaria situada no reino de Eixeh, embora nunca tenha sido vista.

Contam que a própria deusa Água regou a árvore e dos frutos nasceu uma raça tão querida aos humanos, os Vanaras.

A Árvore da vida era protegida por duas serpentes, que por vezes comiam os frutos estragados que caíam no chão. Elas se chamavam Ladon e Dragan. As duas viviam enroscadas no tronco da árvore e seus venenos, dizem, traziam sabedoria. Por vezes o veneno caía sobre o solo e pulverizava as frutas que vinham da árvore. Cresceu então o boato de que o fruto também trazia a sabedoria equivalente à dos venenos.

Por anos tentaram enganar as serpentes para roubar os frutos, mas elas eram por demais espertas e ninguém ousava enfrentá-las diretamente devido à força que possuíam.

Nimue – uma ariana conhecida apenas por esse nome – conseguiu a façanha. Por dias esperou, enfrentou chuva e sol, mas descobriu que as serpentes, uma vez ao ano, por 7 minutos, precisavam descansar juntas.

Nesse tempo ela bolou um plano digno de escorpiano, mas precisava de sorte. Por mais 11 anos, esperou calmamente até que durante os minutos que as serpentes dormiam, um fruto estragado caiu. Ela então o arrastou para longe das árvores e esperou as guardiãs acordarem. Quando as duas foram buscar o longínquo fruto, ela se transformou em um pássaro, roubou um dos frutos saudáveis da Árvore da Vida e voou para longe, sem nunca mais ter sido vista.

Hoje apenas histórias voam como areia ao vento e viajantes buscando a sabedoria perecem no gelado continente onde o mito leva.

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