O frio predominava o ‘Infinito do Nada’ e os deuses aninhavam-se ao redor do deus Fogo para ganhar um pouco mais de calor.
Cada novo dia era parecido com o que se passou, e os deuses, assim como os humanos, possuíam sentimentos de desconforto, comodismo e resignação. Havia a necessidade de evoluir, de renascer. E para isso, precisavam morrer.
Quem tudo começou, foi a deusa Água. Usando de seu grande poder de persuasão, instigou deusa Terra a medir forças com o mais poderoso dos quatro e assim aconteceu.
Não se sabe quando, pois até aquele instante não havia contagem do tempo, que era por sua vez inesgotável e incontável, mas determinado momento, enchendo-se de coragem e de desejos persuasivos aplicados por Água, que Terra atacou Fogo.
Ar que nada sabia o que estava acontecendo, viu sua irmã arremessar um objeto esférico e sólido, com grande velocidade ao irmão que dava acalento a todos. O deus brincalhão tentou parar, mas era tarde demais, seu poder apenas conseguiu diminuir a velocidade do objeto que acertou em cheio as costas de Fogo. O objeto virou cinzas e novas estrelas povoaram o “Infinito do Nada”.
Imediatamente as duas deusas passaram a se contorcer e sentir dor, uma dor sem explicação e tão repentina quanto o ataque de Terra ao irmão. Era a punição de quem os criou no início das eras. Terra passou a flutuar e uma voz surgiu, uma voz tão onipotente que ela só, poderia esmagar cada deus com apenas uma palavra. Essa voz então se acalmou, e suavemente, porém com respeito falou:
- Causadora da morte de teu irmão, o pior castigo é para ti, e será plataforma para os pés dos teus sucessores.
Terra foi arremessado no vazio que se encontrava ao lado do Infinito do Nada, e foi transformado numa grande esfera. A esfera tinha uma cor de barro, e era o que parecia de verdade, uma grande esfera de barro que flutuava no meio do escuro vazio. Esse foi o início do planeta, que logo seria habitado por novos filhos de quem criou os quatro deuses. Então Água foi agarrada e teve a vez de ouvir.
- Tramou a morte de um irmão, viverá junto com o causador e saciará a sede dos sucessores.
E Água foi arremessada na grande esfera e cobriu de azul o lugar, um azul tão bonito como a cor dos olhos da própria deusa, e tão maleável quanto suas criações. Deu-se os oceanos, mares, rios e lagos. Então Ar foi agarrado.
- Está livre para viver sempre aqui no Infinito do Nada. – A voz percebeu que os sentimentos do deus entristeceram-se e deu uma risada – Te deixarei viver no planeta criado para seus sucessores, mas vos darei total liberdade para se movimentar por onde bem entenderes, mas nunca sairá de perto de seus irmãos, estará preso a eles para sempre.
Ar, que parecia então sorrir, foi arremessado na esfera e com ele, veio o oxigênio que era preciso e querido aos sucessores. Ar estava praticamente livre, poderia andar pela esfera e encontrar-se sempre com Terra e Água como bem entendesse.
Então Fogo foi agarrado e a voz agora, falou em compaixão:
- Não deverá morrer. Dar-lhe-ei vida ao meu lado.
Então a morte de fogo foi tirada, e arremessada na esfera denominada a seguir, planeta, para segurar os outros irmãos, essa morte foi chamada de Atmosfera. Fogo ganhou um novo sopro de vida, e quase sem forças, mas com muita emoção, falou que ainda amava seus irmãos e que queria ficar perto deles, pois eles precisavam de sua luz.
Então a voz falou:
- Ficará então presente tanto aqui, onde nasceu e se criou, quanto no planeta em que vivem seus irmãos, pois sei que os ama, mesmo apesar do pecado que cometeram. Brilhará então no céu, e dará esperança aos sucessores. Também não estará só, lhe darei uma companheira, e hora estarão afastados, iluminando o planeta, mas ao se vestirem na noite poderão se tocar quando quiserem.
Fogo foi arremessado no vazio e virou um corpo celeste, que logo os humanos chamaram de sol, que iluminou então o planeta. Outro corpo celeste também foi criado, e o planeta ganhou dois sóis. Esses sóis tinham uma forma como a metade de um coração. Quando eles estavam assim, os sucessores chamaram de dia, e quando Fogo se vestia para encontrar quem lhe foi prometida, os sucessores chamaram de noite. E nesse tempo, o nome sol virou lua, em homenagem ao nome de sua amada, e quando estavam juntos, se completavam, e formavam assim, um belo coração no céu, que recebiam ajuda das cinzas de Fogo, agora as estrelas, a iluminar o céu.
O organizador de tudo isso foi chamado de “Criador” pelos elfos e anões, e “Deus” pelos humanos, fazendo uma analogia aos primeiros deuses: Água, Ar, Fogo e Terra.
------- Sacratu para leigos, biblioteca de Eixeh -------
Próximo Post: Os Primeiros Habitantes.
Cada novo dia era parecido com o que se passou, e os deuses, assim como os humanos, possuíam sentimentos de desconforto, comodismo e resignação. Havia a necessidade de evoluir, de renascer. E para isso, precisavam morrer.
Quem tudo começou, foi a deusa Água. Usando de seu grande poder de persuasão, instigou deusa Terra a medir forças com o mais poderoso dos quatro e assim aconteceu.
Não se sabe quando, pois até aquele instante não havia contagem do tempo, que era por sua vez inesgotável e incontável, mas determinado momento, enchendo-se de coragem e de desejos persuasivos aplicados por Água, que Terra atacou Fogo.
Ar que nada sabia o que estava acontecendo, viu sua irmã arremessar um objeto esférico e sólido, com grande velocidade ao irmão que dava acalento a todos. O deus brincalhão tentou parar, mas era tarde demais, seu poder apenas conseguiu diminuir a velocidade do objeto que acertou em cheio as costas de Fogo. O objeto virou cinzas e novas estrelas povoaram o “Infinito do Nada”.
Imediatamente as duas deusas passaram a se contorcer e sentir dor, uma dor sem explicação e tão repentina quanto o ataque de Terra ao irmão. Era a punição de quem os criou no início das eras. Terra passou a flutuar e uma voz surgiu, uma voz tão onipotente que ela só, poderia esmagar cada deus com apenas uma palavra. Essa voz então se acalmou, e suavemente, porém com respeito falou:
- Causadora da morte de teu irmão, o pior castigo é para ti, e será plataforma para os pés dos teus sucessores.
Terra foi arremessado no vazio que se encontrava ao lado do Infinito do Nada, e foi transformado numa grande esfera. A esfera tinha uma cor de barro, e era o que parecia de verdade, uma grande esfera de barro que flutuava no meio do escuro vazio. Esse foi o início do planeta, que logo seria habitado por novos filhos de quem criou os quatro deuses. Então Água foi agarrada e teve a vez de ouvir.
- Tramou a morte de um irmão, viverá junto com o causador e saciará a sede dos sucessores.
E Água foi arremessada na grande esfera e cobriu de azul o lugar, um azul tão bonito como a cor dos olhos da própria deusa, e tão maleável quanto suas criações. Deu-se os oceanos, mares, rios e lagos. Então Ar foi agarrado.
- Está livre para viver sempre aqui no Infinito do Nada. – A voz percebeu que os sentimentos do deus entristeceram-se e deu uma risada – Te deixarei viver no planeta criado para seus sucessores, mas vos darei total liberdade para se movimentar por onde bem entenderes, mas nunca sairá de perto de seus irmãos, estará preso a eles para sempre.
Ar, que parecia então sorrir, foi arremessado na esfera e com ele, veio o oxigênio que era preciso e querido aos sucessores. Ar estava praticamente livre, poderia andar pela esfera e encontrar-se sempre com Terra e Água como bem entendesse.
Então Fogo foi agarrado e a voz agora, falou em compaixão:
- Não deverá morrer. Dar-lhe-ei vida ao meu lado.
Então a morte de fogo foi tirada, e arremessada na esfera denominada a seguir, planeta, para segurar os outros irmãos, essa morte foi chamada de Atmosfera. Fogo ganhou um novo sopro de vida, e quase sem forças, mas com muita emoção, falou que ainda amava seus irmãos e que queria ficar perto deles, pois eles precisavam de sua luz.
Então a voz falou:
- Ficará então presente tanto aqui, onde nasceu e se criou, quanto no planeta em que vivem seus irmãos, pois sei que os ama, mesmo apesar do pecado que cometeram. Brilhará então no céu, e dará esperança aos sucessores. Também não estará só, lhe darei uma companheira, e hora estarão afastados, iluminando o planeta, mas ao se vestirem na noite poderão se tocar quando quiserem.
Fogo foi arremessado no vazio e virou um corpo celeste, que logo os humanos chamaram de sol, que iluminou então o planeta. Outro corpo celeste também foi criado, e o planeta ganhou dois sóis. Esses sóis tinham uma forma como a metade de um coração. Quando eles estavam assim, os sucessores chamaram de dia, e quando Fogo se vestia para encontrar quem lhe foi prometida, os sucessores chamaram de noite. E nesse tempo, o nome sol virou lua, em homenagem ao nome de sua amada, e quando estavam juntos, se completavam, e formavam assim, um belo coração no céu, que recebiam ajuda das cinzas de Fogo, agora as estrelas, a iluminar o céu.
O organizador de tudo isso foi chamado de “Criador” pelos elfos e anões, e “Deus” pelos humanos, fazendo uma analogia aos primeiros deuses: Água, Ar, Fogo e Terra.
------- Sacratu para leigos, biblioteca de Eixeh -------
Próximo Post: Os Primeiros Habitantes.
Leitura ficou um pouco grande, mas espero que gostem ^^
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